Título: Il Piçul Princip
Língua:Furlane
Tradutor: Albino Manfredo
Editora: Programma
País: Itália
Data da publicação: 2015
Doação: Federico Bolle
ISBN: 978-88-6643-355-2
Tradutor: Albino Manfredo
Editora: Programma
País: Itália
Data da publicação: 2015
Doação: Federico Bolle
ISBN: 978-88-6643-355-2
A língua friulana (furlan) possui literatura florescente
desde o século XVI e a comunicação entre as variedades dialetais é
compreensível.
As primeiras evidências do friulano, que remonta ao século
XIV, são exercícios de tradução do latim e procedem da escola de Cividale.
Também de Cividale, ainda que do final do século XIV, procedem os primeiros
textos poéticos, duas canções marcadas pela tradição da lírica cortesã
provençal. Talvez a mais antiga seja a lírica Piruç myó doç inculurit,
escrita no anverso de uma ata datada de 14 de abril de 1380,
provavelmente pela mesma mão que escreveu a ata. A primeira estrofe diz:
“Piruç myó doç inculurit
quant yo chi vyot dut stoy ardit,
Per vo mi ven tant ardiment
e sì furç soy di grant vigor
ch'io no crot fa dipartiment
mai del to doç lial amor
per manaço ni per timor
çi chu nul si metto a strit.
Piruç myo doç… ”
Outro documento dos finais do século XIV é uma canção no
dialeto das planícies entre Udine e Isonzo, na qual uma moça (dumlo, do latim domn(u)la, dominola,
diminutivo de domina) relata, em forma de diálogo, seu amor com um rapaz (infant,
do latim infante(m) ). Começa assim:
“E la fuor del nuestri chiamp
Spes jo me chiat un biel infant…
(“E ali, fora de nosso campo
frequentemente me encontro com um belo rapaz…”)
O uso literário do dialeto começa no século XVI, quando Udine
se converteu no principal centro cultural e promoveu sua língua vernácula
convertendo-a no modelo da língua literária.
Há uma comunidade de falantes friulanos que vive na Romênia na
região do delta do Danúbio desde o século XIX. Como a relação
com outras variedades do reto-romance é fraca, muitos lingüistas negam essa
conexão e o situam entre os dialetos do vêneto.
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