Saint-Exupéry viveu todas as
coisas sobre as quais escreveu. Era aviador, civil e piloto de guerra,
ensaísta, poeta, homem de ação e filósofo, era um dos poucos homens de ação e
um filósofo ao mesmo tempo.
Seus livros são difíceis de
definir: escritos sob céus diferentes e traduzidos em várias línguas, eles às
vezes são chamados de "romances", mas na verdade são impressões
poéticas do que o valor significa para um homem meditativo de natureza
sensível.
Antoine Marie Roger de
Saint-Exupéry nasceu em Lyon, França, em 29 de junho de 1900. Aos onze anos,
fez seu primeiro voo. Em 1926 inicia a carreira de aviador comercial do correio
Toulouse-Dakar; França-Saara; Marrocos Senegal.
As poucas horas de descanso que
ele desfrutava eram gastas escrevendo seus livros. Em 1929 aparece o Correio do
sul. Mais tarde vem para a América em rota aérea do Brasil para a Patagônia.
Publica Voo noturno em 1931 e neste mesmo ano se casa com Consuelo Suncín, de
El Salvador.
Em 1935 sofreu um acidente - um
dos muitos que sofreu ao longo dos anos - e caiu no deserto do Saara, onde foi
milagrosamente salvo por alguns beduínos. Durante a segunda guerra mundial, ele foi para
o front e escreveu Piloto de Guerra. Seu avião foi abatido pelos nazistas, ele
sobrevive e se exila nos Estados Unidos. Enquanto se recuperava, nos Estados
Unidos (1943), pensando em um amigo judeu que estava em um campo de
concentração, escreveu uma Carta a um refém e um conto infantil, para um judeu
cativo.
Um livrinho com ilustrações
feitas por ele mesmo. Um livro repleto de belas imagens, e a fantástica
historieta de um menino que desce à Terra, vindo de seu asteroide B 612, após
ter visitado mais seis planetas. Um menino que cria uma rosa em seu asteroide
distante, que tem três vulcões que ele usa para aquecer sua comida. Uma criança
que fala com animais. Tudo isso - dedicado a um pobre judeu que "passa
fome e frio", que "precisa de consolo"! Este pequeno livro de
aparência infantil é uma faca de dois gumes. É para crianças, mas é para seu
amigo, "uma pessoa mais velha".
O livro tem a rara virtude de
encantar crianças, mas também o misterioso poder de atingir as profundezas do
ser adulto.
Seu pequeno príncipe, como ele, desapareceu um dia sem
deixar vestígios. Mas enquanto uma estrela brilhar, haverá um amigo. Enquanto
houver um amigo, haverá esperança para o homem.
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